Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se teme dizer, limpar a alma. Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer. E sempre ficará a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que era certo fazer, somos outra vez donos da nossa vida. Às vezes, é preciso abrir a janela e jogar tudo fora, queimar cartas, excluir fotos, orkut, msn, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e esquecer pra sempre que ali existiu algo ruim, ou bom. E seguimos em frente,meu guia? a minha mente, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. O que fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então, esquecer.