Uma certa menina sempre olhava pela janela, não necessariamente para o lado de fora, mas tentava olhar para dentro de si mesma. Perdida em sonhos e desafios de longos paradoxos a garota visualizava em sua fértil imaginação seus mais profundos desejos, a idéia de que tudo estava constantemente mudando fazia a mente faminta viajar para lugares jamais vistos, pelo menos jamais vistos por humanos.

Era sempre surpreendida com um olhar distante, olhando para a lua e as estrelas, a julgavam quando ela falava sozinha, mas não sabiam que na verdade a doce menina conversava com ilustres personagens criados por sua imaginação.

Ao longo do tempo a menina foi crescendo, acreditando cada vez menos em papai noel e em fada do dente, mas mesmo hoje ela ainda tem a esperança ridícula de encontrar seu príncipe, talvez seu coração não tenha sido partido suficientemente o bastante para que desistisse da idéia, ou talvez ela ainda tenha a esperança de que as pessoas se tornem melhores.